Hôtel Le Bois des Chambres & Restaurant Le Grand Chaume

O grande salão

published at 26/10/2022

Amplamente aberta para o rio Loire, na extremidade da ala Oeste, a decoração da grande sala, foi criada por Jules Potier de la Morandière, arquiteto do visconde Joseph Walsh do qual a família era proprietária do domínio de Chaumont, antes dos Broglie. É a Joseph Walsh que devemos a lareira policromática ornamentada com um porco-espinho, símbolo do rei Luís XII, assim como os lambris na parte baixa da peça, com um desenho de toalhas dobradas. O príncipe e a princesa de Broglie conservaram o essencial dos elementos decorativos e mandaram colocar em todas as paredes, um brocatel de seda amarelo, recentemente restituído, parecido com o da Sala de bilhar.

O mobiliário inclui uma conversadeira, uma fumeuse e uma mesa de chá, entre outros, de diversos estilos e épocas. Ele cria o ambiente característico de uma certa arte de viver em um meio afortunado do fim do século XIX, com um acúmulo de peças de mobília.

 

Um lanche no de Broglie
Gabriel-Louis Pringué, escritor e íntimo da família de Broglie, residem regularmente em Chaumont. Ele conta em sua obra intitulada «Trente ans de dîners en ville» (Trinta anos de jantares na cidade): «O lanche da tarde acontecia a partir das cinco horas. Às vezes, a princesa o tomava, às sete horas…. Dois valets traziam, sobre dois palanquins, um imenso bufê contendo o samovar de prata e todos os utensílios necessários: as xícaras, pilhas de biscoitos, patês, de rillettes, muffins bem quentes em legumeiras de prata e vinhos da Espanha, do Porto, além de uísque. Os hóspedes do Castelo se serviam sozinhos como queriam e quando queriam. As oito os vales voltavam com seus palanquins com liteira e retiravam o serviço.»

 

A lareira
A lareira do Grande Salão foi realizada em meados do século XIX pelo arquiteto Jules Potier de la Morandière, a pedido do proprietário do Castelo, o visconde Joseph Walsh. Esta lareira, policromática, inspira-se em várias lareiras visíveis no Castelo Real de Blois. Um porco-espinho orna esta grande lareira. Foi adotado por Louis XII depois de ter servido de emblema ao seu pai, Charles d’Orléans, filho mais velho do príncipe Louis, duque de Orléans. Pela ocasião do nascimento de Charles que teve com Valentine de Milan, Louis d’Orléans institui, em 1393, uma ordem de cavalaria dita «do porco-espinho», composta por 25 cavaleiros nobres e experientes no meio das armas. Todos deviam usar um casaco de cor violeta, sobre o qual brilhava um colar formado de correntes de ouro terminado por um porco-espinho e com o lema: COMINUS ET EMINUS (de perto como de longe).
Este lema baseava-se na crença outrora existente, que o porco-espinho pode não apenas proteger-se com os seus picos daqueles que se aproximam, mas igualmente atirá-lo em jeito de flechas contra aqueles que provocam ao longe. É uma alusão que incide na clemência e na severidade do rei e também nas qualidades ofensivas e defensivas do porco-espinho.