De Catarina de Médicis a Diana de Poitiers
published at 28/07/2017
A rainha Catarina de Médicis, mulher do monarca Henrique II, compra o castelo em 1550. O domínio é então muito rentável (portagem sobre o Loire e numerosas terras agrícolas). Utiliza, provavelmente, Chaumont como local de encontro para a caça e como etapa entre os castelos de Amboise e de Blois.
À morte de Henrique II, em 1559, por alturas de um torneio, Catarina de Médicis, tendo-se tornado regente, pede à sua antiga rival Diana de Poitiers a devolução do castelo de Chenonceau. Este presente do rei é, com efeito, um bem inalienável, porque pertence à coroa. Dá-lhe, em troca, o castelo de Chaumont. A antiga favorita de Henrique II efetua apenas estadias pontuais em Chaumont, mas, preocupada com as suas residências, prossegue a construção do castelo até à sua morte em 1566. Dá a Chaumont o essencial do seu aspeto atual. À sua chegada ao Castelo de Chaumont, Diane de Poitiers dá seguimento e termina os trabalhos anteriormente iniciados, designadamente nas partes altas da ala oriental e do châtelet de entrada. Retoma a construção do caminho de ronda com mata-cães e confere-lhe a a sua «assinatura»: los dois "D" entrelaçados enviam à inicial do seu nome; a trompa de caça, o arco, a aljava, as flechas bem como os três círculos evocam a deusa Diana caçadora, associada desde a antiguidade ao brilho frio do astro lunário.
A sua filha, então proprietária, é a primeira a manifestar, em 1573, o desejo de dotar o castelo de um parque. Mas a sua morte, no ano seguinte, impede a realização do projeto.
No final do século XVI, o castelo torna-se propriedade de Henri de La Tour d’Auvergne; sob Henri IV, passa para o banqueiro de Luca Scipion Sardini (a sua família e os seus aliados conservam-no perto de um século); e sob Louis XIV, é retomado por Paul de Beauvillier, duque de Saint-Aignan.
Contemporâneo célebre: Nostradamus
Catherine de Médicis gosta de contar com a presença dos astrólogos. O papel destes consistia em determinar a suposta influência dos astros nos eventos terrestres e no destino humano, com vista a estabelecer previsões. Michel de Nostredame, dito Nostradamus, é o mais célebre de entre eles. Começa por publicar obras que misturam previsões meteorológicas para as culturas, conselhos médicos e de beleza pelas plantas e as primeiras previsões enigmáticas. A sua notoriedade será de tal forma importante que Catherine de Médicis o chama à Corte, em 1555.