06. Vincent Barré
"Chaos"
A obra apresentada por Vincent Barré em Chaumont-sur-Loire está parcialmente associada com a relação que o artista mantém com a ideia da Natureza.
A metáfora da árvore, com os seus anéis de crescimento, a sua pele, a sua estatura, impôs-se desde 2003 nas suas primeiras esculturas criadas para o Monument aux fusillés de la Nivelle (Monumento aos executados de La Nivelle), em Amilly (Loiret): corpo da árvore, corpo do homem, colunas concêntricas esculpidas a partir do mesmo bloco de polistireno para serem depois fundidas em ferros, associadas às idades dos resistentes, colunas incompletas, interrompidas.
Esta mudança na forma viva, imaginada na forma material, não parou, tanto nas esculturas «de pé» como «deitadas», até ao surgimento efetivo da madeira, por volta de 2010, nos seus conjuntos: «Compagnons», tronco de pereira com uma coluna de alumínio erguida nos lados, como dois torsos arcaicos, depois «Coupe»: duas colunas gémeas fortes onde alternam a madeira e o metal.
No Parque Histórico, no limite da encosta, o artista colocou uma escultura em ferro fundido de 6 elementos, permitindo ver a paisagem com transparência, sempre em mutação, sempre fragmentada e enquadrada pelos anéis quando nos movemos ou descansamos entre os blocos.