Parque Histórico
08. Tadashi Kawamata
"Cabanes dans les arbres"
published at 04/01/2018
Nas suas obras criadas em Chaumont-sur-Loire, o artista japonês Tadashi Kawamata joga com as relações das escalas e oferece aos visitantes a experiência de uma imersão total na natureza e uma nova leitura da paisagem.
Tadashi Kawamata instalou três cabanas nas árvores do Parque do Castelo de Chaumont-sur-Loire. A conceção de cada um destes pequenos abrigos empoleirados é diferente segundo a árvore que os acolhe. Cada uma destas instalações cria o desejo de uma verdadeira imersão na natureza e na paisagem.
REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS
Tadashi KAWAMATA
JAPÃO
Tadashi Kawamata é um artista plástico japonês nascido em 1953 na ilha de Hokkaido. Atualmente ele vive e trabalha em Tóquio em Paris.
Impôs-se rapidamente na cena artística japonesa e internacional. Aos 28 anos, jovem licenciado da Universidade de Belas Artes de Tóquio, já foi convidado no Pavilhão do Japão da Bienal de Veneza de 1982. Desde então, ele intervém no mundo inteiro para realizar projetos monumentais, sempre de acordo com o local envolvido.
A sua obra contém uma reflexão sobre o contexto social e as relações humanas. Sempre que instala abrigos feitos de materiais recicláveis (madeira, cartão) nos arredores das cidades de Montreal, Nova Iorque ou Tóquio, ele faz referência às favelas e aos sem-abrigo. Em Alkmaae, são as pessoas com dificuldades sociais que são associadas a um projeto de passadiço que liga o centro de reinserção à cidade. Em todo o projeto, o artista rodeia-se de estudantes, de residentes, de grupos que participam na montagem e na realização da obra.
As questões de urbanismos estão na origem do seu trabalho. Os estaleiros de construção ou de demolição, as zonas intermédias que subsistem no espaço urbano são reinvestidas pelo artista, que utiliza para as suas construções os próprios materiais do local, «reciclando-os» (cadeiras, embarcações, andaimes). Deste modo, em Kassel, por ocasião da Documenta VIII em 1987, restitui aos habitantes uma igreja em ruínas, destruída pela segunda guerra mundial e negligenciada durante a reconstrução da cidade. O tempo, como indicador da grandeza ou do declínio de um monumento ou de um local, é um elemento chave do seu trabalho.
As suas intervenções recriam pontos entre o passado e o presente, destacando a parte afetiva e invisível das coisas, mas também a sua realidade material. A partilha do trabalho e a reflexão sobre a comunidade de vida que dinamiza e baseia cada um dos projetos promove o despertar dessa memória.
Tadashi Kawamata é representado pela Galeria Kamel Mennour em Paris.