Hôtel Le Bois des Chambres & Restaurant Le Grand Chaume

O pequeno salão

published at 26/10/2022

Essa peça que por algum tempo foi dormitório, agora abriga um mobiliário de valor excecional, concebido pelo prestigiado carpinteiro Pierre-Benoît Marcion.

O mobiliário foi encomendado entre 1814 e 1817 pelo duque d’Aumont, Par da França e nobre cavalheiro de quarto a serviço de Luís XVIII, para sua mansão parisiense. Ele é constituído por oito cadeiras, dois sofás, um guarda-fogo de lareira, uma poltrona, um descansa pé, e é classificado como Monumento Histórico.
Essas peças de mobília decoradas com um tecido chamado lampas Hortense de cor verde, recordam a presença de Germaine de Staël em Chaumont.

 

Germaine de Staël

Em 1810, a escritora Germaine de Staël paga, junto de seu pai, no Castelo de Coppet, na Suiça, por sua clamorosa oposição ao imperador Napoleão. Para que ele pudesse monitorar a impressão de sua nova obra, «De L’Allemagne», em Tours, Leray filho, dito James Leray, proprietário do Domínio de Chaumont, lhe propõe de morar no Castelo em sua ausência, pois ele oferece um asilo cômodo, nem tão perto da capital, nem tão longe do meio intelectual de Paris. Senhora de Staël aceita e acaba trazendo para o Castelo, sua pequena corte de amigos fiéis: o romancista e homem político Benjamin Constant, a famosa mulher intelectual Juliette Récamier, os alemães Adalbert Von Chamisso, escritor e botanista, e o filósofo Schlegel. É um espaço indispensável, tudo ao mesmo tempo, sala de literatura e núcleo de oposição. De abril a agosto de 1810, o Castelo abriga essa sociedade refinada que mata o seu tempo de ociosidade discutindo sobre política, literatura e amor. Depois que Leray filho anuncia o seu retorno, Senhora de Staël prefere partir para o não distante Castelo de Fossé. Os primeiros fascículos de sua obra «De L’Allemagne» foram rapidamente confiscados, a obra foi condenada no dia 24 de setembro, e sua autora obrigada a deixar a França. Senhora de Staël volta então para a Suíça.