Hôtel Le Bois des Chambres & Restaurant Le Grand Chaume

A quinta modelo

published at 26/10/2022

As condições de utilidade e de conveniência ditadas pelos agrónomos na maioria das quintas-modelo não escapam à regra para a constituição da quinta-modelo de Chaumont. Além disso, o sucesso agronómico constitui um excelente meio de propaganda política e para estabelecer relações privilegiadas com a totalidade da população (o castelão distribui conselhos e benefícios, multiplica as fundações: escolas rurais, hospícios, e trabalha mesmo no seu Castelo).

Os edifícios devem ser numerosos, vastos, concebidos numa justa relação com o seu destino (alojamento dos bovinos, alojamento das charretes, dependência para os instrumentos agrícolas, dependência para os burros, casa do chefe dos animais da quinta, dependência para os automóveis, fábrica elétrica, pocilga, …), orientados cada um deles em função do seu objetivo, com vista a satisfazer as exigências da vida humana e as necessidades dos animais. Devem ser igualmente orientados de forma a favorecer a conservação de uma determinada colheita e devem ser nomeadamente separados uns dos outros com vista a evitar a propagação de incêndios.

A disposição dos edifícios em torno do pátio é comandada pela necessidade de uma vigilância eficaz e contínua. O elemento principal em Chaumont é a casa do chefe da quinta, sinal de autoridade para a quinta. Parece evidente que a multiplicação dos pátios torna a vigilância nula e bastante difícil de exercer.

Apesar de dez anos de obras, certos edifícios nunca serão edificados ao exemplo da casa do regedor cujo projeto foi rejeitado no mês de fevereiro de 1911 ou a casa do guarda da quinta. Depois da construção dos principais edifícios, procedeu-se a partir de abril de 1913 ao início da canalização geral que dá a volta à quinta, das barreiras da grande entrada, dos frades de pedras e da iluminação exterior. Em novembro de 1913, a quinta está completamente animada.

Em 1905, os trabalhos deverão abrandar devido ao krach Crosnier (diretor das refinarias Say) mas igualmente devido à ausência bastante recorrente no estaleiro do príncipe de Broglie. Na sequência da expropriação da propriedade de Chaumont acionada contra S.A.R. a princesa de Orléans e Bourbon em 1938, a quinta torna-se propriedade da benfeitoria da cidade de Blois que a cede à comissão da empresa da RATP para aí fazerem uma colónia de férias. Todos os edifícios são totalmente desnaturados no interior. Apenas o envelope exterior é salvaguardado. Desde fevereiro de 2007 que a quinta acolhe a administração da propriedade e os diversos edifícios permitem apresentar múltiplas exposições de obras de arte contemporâneas.